A busca pelo emagrecimento sustentável é um desafio enfrentado por muitas pessoas, especialmente quando os métodos tradicionais de dieta e exercício não produzem os resultados desejados. Neste artigo, exploramos a importância da nutrição comportamental no processo de emagrecimento através de uma entrevista exclusiva com a Dra. Alice Ferreira, nutricionista especialista em emagrecimento, doenças crônicas não transmissíveis e estética.
A Importância da Nutrição Comportamental no Processo de Emagrecimento
Perguntas e Respostas com a Dra. Alice Ferreira:
1. Qual a importância da nutrição comportamental no processo de emagrecimento?
Dra. Alice Ferreira: A nutrição comportamental vai além dos fatores doença-saúde e leva em consideração a relação do paciente com a comida, algo muito importante para quem está em processo de emagrecimento, já que muitas pessoas com sobrepeso ou obesidade possuem problemas emocionais ou psicológicos.
2. Como a mudança de comportamento pode influenciar os resultados a longo prazo na perda de peso?
Dra. Alice Ferreira: A reeducação alimentar juntamente com a mudança de hábitos é o melhor caminho para um emagrecimento eficaz, pois oferece efeitos positivos e duradouros. A mudança não pode apenas ser momentânea e sim contínua, desta forma, é mais fácil manter a adesão e os resultados.
3. Quais são os maiores desafios que as pessoas enfrentam ao tentar mudar seus hábitos alimentares?
Dra. Alice Ferreira: Muitos pacientes relatam a dificuldade em seguir uma dieta ou alimentação saudável, pois não conseguem manter uma constância ou possuem muitos obstáculos. As principais causas são: falta de tempo, falta de motivação, dificuldade em comer determinados alimentos, dificuldade em iniciar algo, entre outros motivos. Em casos como esses, o nutricionista atua como mediador buscando orientar o paciente.
4. Pode compartilhar algumas estratégias práticas para lidar com a compulsão alimentar?
Dra. Alice Ferreira: A compulsão alimentar é caracterizada por alguns aspectos: Comer muito mais rapidamente do que o normal; Comer até se sentir desconfortavelmente cheio; Ingerir grandes quantidades de alimento sem estar com sensação física de fome; Comer sozinho por vergonha do quanto se come; Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. Normalmente está ligada à fome emocional e pode se usar algumas estratégias como: entender se realmente há fome fisiológica, saber identificar o sentimento que aquele alimento irá trazer e buscar outras atividades que te deem prazer.
5. Quais são as principais diferenças entre a abordagem tradicional de dieta e a abordagem da nutrição comportamental?
Dra. Alice Ferreira: Eu sempre digo que não se pode olhar o paciente apenas por um ângulo. Na prática clínica leva-se em consideração patologias, peso, mas é necessário ir além disso. Então aí entra a parte comportamental. É muito fácil dizer ao paciente “Você tem que perder peso.”, “Você tem que fechar a boca.”, mas como aquele paciente chegou até ali? Como é a relação dessa pessoa com a comida? O que será que ele está passando naquele momento? Tudo isso tem que ser levado em consideração.
6. Pode dar exemplos de mudanças de hábitos simples que podem ter um grande impacto na saúde e no peso?
- Antes de tudo, beber mais água. Eu sempre indico andar com a garrafinha pra ajudar nisso.
- Consumir mais legumes e frutas. Se não gosta tanto de legumes, pode tentar incluir na alimentação de alguma forma: purês, no arroz, suflês, tortas, etc.
- Fazer uma atividade física que você gosta. Não necessariamente você tem que ir a academia, é importante praticar algo que você sinta prazer e consiga manter constância.
- Diminuir o consumo de doces e refrigerantes. Se for o caso, pode ir diminuindo a ingestão aos poucos e trocando por chocolates com menor teor de açúcar ou refri zero. Lembrando que de forma esporádica.
Conclusão: Transformando a Relação com a Comida
A nutrição comportamental oferece uma abordagem essencial para quem busca emagrecer de forma sustentável. Ao considerar não apenas o aspecto físico, mas também emocional e comportamental, essa metodologia promove mudanças duradouras na dieta e estilo de vida. Ao adotar pequenas mudanças e entender os gatilhos emocionais, é possível alcançar não apenas a perda de peso, mas também melhorar significativamente a qualidade de vida.
Artigos Científicos Relacionados:
– Behavioral Nutrition and Obesity: Beyond Health and Disease Factors” https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9862893/
-Importância da nutrição comportamental no tratamento da obesidade após cirurgia bariátrica: http://104.207.146.252:3000/index.php/REMAS/article/view/256
– Nutrição comportamental no cuidado á pessoa com transtornos mentais: relato de caso:https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1685
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